Volkswagen é investigada após pegadinha de mudança de nome
Entenda como uma falsa mudança de nome tornou a VW alvo de investigação das autoridades americanas
A Volkswagen, uma das maiores fabricantes automotivas do mundo, está sendo investigada pelas autoridades estadunidenses, depois de uma pegadinha feita no final do mês de março.
Tudo começou quando, um pouco antes de abril, a marca publicou e divulgou amplamente em meios virtuais que mudaria seu nome na unidade americana, juntamente com o foco empresarial. Deixaria de ser Volkswagen para se tornar Voltswagen, aproveitando o trocadilho com “volts” e ressaltando o futuro elétrico dos automóveis.
Quando questionada se a mudança de nome era real, a empresa confirmou, liberando ainda documentos completos e longos de rebranding. O CEO da VW nos Estados Unidos, Scott Keogh, confirmou tudo em entrevista dada à imprensa.
Mas, depois anunciaram um pedido de desculpas avisando que era mentira, apenas uma brincadeira. Em 1o de abril, o mesmo CEO relatou que era tudo uma piada, afirmando que esse foi o jeito que encontraram de buscar mais destaque e espaço aos seus futuros carros elétricos.
No final, foi uma grande pegadinha adiantada do Dia da Mentira, que ocorre no primeiro dia do quarto mês do ano. Na data, é comum que várias pessoas realizem alguma brincadeira enganando o público. O problema foi a data antecipada e a confirmação fornecida pela entidade e vários funcionários.
O ponto é que no meio de tudo, levado tão para frente, o público acreditou na relatada transformação e, como consequência, muitos olhos se voltaram para a corporação. Foi considerado sério e as ações da VW subiram notoriamente por causa do anúncio, com alta de 10,2%, segundo a Forbes.
Por isso, hoje a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos investiga até que ponto o que a marca fez segue o que está previsto em lei. O objetivo é descobrir se esse beneficiamento próprio, pautado numa fraude, é válido. O processo pode gerar prejuízos significativos e ainda está em andamento.
Vale ressaltar que a firma já vinha tentando reconstruir sua imagem nos Estados Unidos, após ter passado por uma enorme polêmica em 2015. Nesse ano, a VW admitiu o uso de um software ilegal para manipular testes de motores a diesel. Essa foi a maior crise enfrentada pela empresa alemã, que precisou entregar mais de 32 bilhões de euros em multas, reparos e custos legais.
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