Sensor de temperatura: entenda a função da peça

 Sensor de temperatura: entenda a função da peça

O sensor de temperatura é essencial para o sistema de arrefecimento do motor e está presente em diversos modelos de automóveis.

O superaquecimento do motor é acusado, geralmente, por uma luz ou por um ponteiro no painel que indica que sua temperatura está acima dos níveis adequados.

Quando os componentes veiculares do motor – bem como os que se integram a eles – estão funcionando em perfeito estado, o leitor responsável por essa indicação desliga imediatamente o propulsor. Isso reduz bastante a chance de danos no motor devido ao calor excessivo.

Extremamente perigoso, o superaquecimento pode fazer com que o motor sofra enormes avarias. Entre elas, está inclusive a fundição do mesmo, o que levaria o dono do veículo a, obrigatoriamente, ir atrás de uma retífica, serviço cujo preço geralmente é elevado. 

Se o calor em excesso é um problema, a baixíssima quantidade de calor também não é uma condição de trabalho recomendável ao propulsor. Isso porque, nessa circunstância específica, não há total eficiência energética. 

Tal situação impede o motor de atingir sua potência máxima, além de fazer com que ele polua mais e gaste maior quantidade de combustível. Diante desse panorama, é de suma importância a existência de um sistema que possa medir com precisão a quantos graus o motor do veículo está trabalhando. É aí que entra o sensor de temperatura.

Motor superaquecido

Definindo o sensor de temperatura

O sensor de temperatura é formado por um termistor cerâmico cuja alcunha é conhecida, dentro do mundo veicular, como NTC (Negative Temperature Coefficient) – o que, em português, significa Coeficiente de Temperatura Negativa.

O calor é um fator impactante para alterar a resistência elétrica do termistor. Caso o ambiente fique mais quente, a rijeza da peça diminui, e vice-versa. Quem também muda de acordo com oscilações na resistência é a tensão do componente, o que possibilita a identificação, com precisão, da temperatura do motor.

O sensor de temperatura está presente em todos os automóveis da atualidade que usam sistemas de arrefecimento a líquido, desde modelos populares até sofisticados sedãs e SUVs. 

Qual a função do sensor de temperatura?

Medição da temperatura do motor

A principal funcionalidade do sensor de temperatura é medir a quantos graus o motor do veículo está trabalhando. Essa checagem é feita de forma constante e permite que, caso ocorra um superaquecimento, os alertas no painel de instrumentos sejam acionados imediatamente. 

Na maioria das vezes, a temperatura sobe de forma excessiva quando há vazamento do fluido de arrefecimento.

Porém, diferentemente do que se pode imaginar, o sensor não se restringe a identificar alterações incomuns na temperatura do ambiente do motor, como se esta fosse sua finalidade. Na verdade, a peça tem vital importância no funcionamento de maneira geral.

Os dados coletados pela peça de identificação de calor são repassados, de modo analógico, ao módulo eletrônico de controle do veículo, que aplica os parâmetros pré-estabelecidos para a operação correta do sistema motopropulsor.

Outro detalhe dessa operação diz respeito ao consumo de combustível. A central eletrônica pode indicar que o sistema de alimentação deve fornecer mais gasolina ou etanol, caso seja constatado que o propulsor se encontra em temperatura abaixo daquela recomendada. 

O sensor de temperatura interfere na regulação de partidas a frio e na operação a quente. As informações coletadas por ele indicam se o sistema de gerenciamento deverá acionar o eletroventilador para impedir que o propulsor superaqueça. 

Onde fica o sensor de temperatura?

Não existe uma posição padronizada para os sensores de temperatura nos veículos. A localização do componente varia a depender do modelo do automóvel. De forma geral, a peça é colocada no bloco do motor, em contato com o duto de fluxo de fluido do sistema de refrigeração.

Todavia, o sensor também pode estar posicionado no cabeçote, em uma das galerias de passagem de líquido de arrefecimento.

Quando é hora de trocá-lo?

Ícone do sensor de temperatura

O sensor de temperatura é projetado para acompanhar a vida útil do motor. Portanto, sua duração pode ser a mesma da do veículo, o que não obriga o proprietário a trocar a peça periodicamente.

Entretanto, assim como todo componente veicular, o sensor de temperatura não é imune a falhas que podem ocorrer nas medições. Além disso – no caso de automóveis mais rodados – a peça pode, simplesmente, parar de funcionar, 

De forma geral, é possível perceber os defeitos no sensor de temperatura por variações nos instrumentos do painel. 

A substituição da peça deve ser feita por uma inteiramente nova, com as mesmas especificações, em uma oficina ou centro automotivo confiável, em serviço realizado por profissionais capacitados.

Dicas para manutenção da peça

O que apresenta melhor custo benefício: trocar um sensor de temperatura cujo preço varia entre R$40 a R$120, ou retificar um motor fundido por superaquecimento? 

Absolutamente, a primeira opção, certo? E é isso que os mecânicos costumam dizer aos clientes. Portanto, na hora de realizar a troca do sensor, tenha em mente as seguintes dicas.

Siga as determinações da montadora, respeitando as especificações do modelo

Assim como a localização do sensor não tem um local padronizado nos carros, a sofisticação da peça varia de um modelo para outro. Assim, torna-se essencial manter atenção às orientações da fabricante contidas no manual do veículo. 

O manual do veículo também informa quando é mais recomendável revisar o sensor de temperatura, orientando sobre a forma mais correta de manuseá-lo e substituí-lo. Para veículos fabricados no Brasil, geralmente sugere-se que a  peça seja trocada a cada 30 mil quilômetros rodados.

Também é importante lembrar que a instalação de sensores de temperatura em veículos nacionais costuma custar de R$40 a R$60. Já em modelos importados, o componente sai, em média, por mais de R$100.

Não deixe passar o prazo de vistoria e troca

Como já foi mencionado, os sensores de temperatura da maioria dos veículos brasileiros costumam apresentar problemas após 30 mil quilômetros percorridos.

Porém, esse dado não significa que todos os veículos deverão trocar o sensor de temperatura exatamente com esta quilometragem. Então, é importante ressaltar mais uma vez que o manual do carro deve ser lido. Assim, você saberá de fato o intervalo exato entre uma substituição e outra.

Composição do sensor de temperatura

Itens relacionados que merecem atenção

Existem componentes veiculares relacionados ao sensor de temperatura. E a manutenção deles é extremamente importante para garantir que a peça responsável pela identificação de calor funcione bem. Confira abaixo alguns deles.

Válvula termostática

Essa peça visa ajudar o motor a atingir a temperatura apropriada, de modo que ele funcione plenamente. Para garantir que isso aconteça, a peça impede que o líquido de arrefecimento saia enquanto a temperatura ideal não for alcançada. Essa breve explicação já indica o quão prejudicial o carro pode ficar caso esta peça não esteja trabalhando corretamente.

Há alguns problemas específicos passíveis de acometer a válvula termostática, por exemplo: quando ela emperra e permanece fechada. Nesse cenário, o fluido quente fica retido e circula dentro do motor, aumentando as chances de o veículo fundir, e de o sensor de temperatura continuar danificado.

Além disso, existe a possibilidade de a válvula emperrar, mesmo estando aberta. Nesse caso, porém, não há risco de superaquecimento. Entretanto, o motorista acabará notando que o veículo não repete o desempenho de antes. E isso se explica pelo fato de ele estar rodando em uma temperatura baixa demais.

O último cenário exemplificado pode fazer com que ocorra enormes desgastes nos pistões, anéis e outros componentes, que serão diretamente impactados devido à temperatura não estar de acordo com os níveis recomendados.

O profissional que está acostumado com o cotidiano da oficina mecânica provavelmente se recorda da prática de remoção da válvula termostática. Tal procedimento prometia melhorar o desempenho do motor; mas, na realidade, não passava de um boato. 

Nunca é demais lembrar: nenhuma peça veicular foi desenvolvida à toa! Tenha cuidado, você, proprietário de um veículo, para não ser influenciado por histórias mal contadas e mitos da reparação automotiva, pensem o contrário. 

Portanto, mantenha no veículo todas as peças que vieram com ele. Não faça certas remoções que só trarão prejuízos.

Mangueiras e bombas de água

As mangueiras e bombas de água são peças fundamentais para que o líquido de arrefecimento circule. A avaliação acerca delas deve levar em consideração se as mangueiras estão gastas, ressecadas ou com pequenas rachaduras.

Além disso, é necessário verificar se a bomba provoca sons, bem como se a polia que a prende está com folgas.

Caso a bomba ou a mangueira apresente problemas em seu funcionamento, pode haver vazamento de fluido e diminuição do nível deste no reservatório, o que aumenta as chances de superaquecimento.

Líquido de arrefecimento

Líquido de arrefecimento

Composto por fluidos de refrigeração e água sem minerais, o líquido de arrefecimento tem como principal função conduzir o calor gerado no radiador, para que ele seja dissipado no ar. Isso é possível graças, justamente, à composição do líquido.

É importante mencionar que ele perde sua potencialidade à medida que o tempo passa. Isso torna necessário consultar as recomendações da montadora do veículo, para saber quando se deve substituir o líquido, e se existe alguma orientação relacionada a uma determinada marca.

Ao seguir expressamente todas as recomendações mostradas sobre o sensor de temperatura e as peças relacionadas a ele, um importantíssimo passo foi dado. É provável que o motorista, mecânico ou responsável por cuidar do veículo consiga evitar danos e riscos ao funcionamento do automóvel.

Compartilhe