Circularidade total: o que é e como a indústria automotiva pode se favorecer

 Circularidade total: o que é e como a indústria automotiva pode se favorecer

Conheça as ações que aumentam a lucratividade no setor ao mesmo tempo em que melhoram sua sustentabilidade

O crescente interesse em práticas empresariais responsáveis vem impactando a experiência produtiva da indústria automobilística. A busca pela circularidade total: quando os recursos são utilizados de forma eficiente e recuperados ao final de sua vida útil, está ganhando cada vez mais destaque no setor. 

Tal abordagem não só beneficia o meio ambiente como oferece oportunidades significativas para aumentar os lucros, já que impulsiona os meios de fabricação e de quebra contribui com um futuro mais sustentável. A circularidade envolve a adoção de ações que minimizem o desperdício e maximizem o reaproveitamento de recursos. 

Isso, por sua vez, modifica substancialmente a durabilidade de um veículo, pois, em vez de seguir um modelo linear tradicional de produção e descarte, a circularidade total visa criar um ciclo contínuo em que materiais e componentes sejam reutilizados, recuperados ou reciclados, numa cadeia que envolve design, fabricação, uso e manutenção.

Benefícios ecológicos e econômicos

Ao aderir à circularidade, a indústria de automóveis reduz brutalmente seu impacto ambiental e deixa de consumir tantos recursos naturais e gerar quantidades exageradas de resíduos. Ela influi na emissão dos poluentes projetando carros com materiais renováveis, utilizando protocolos fabris qualificados e promovendo reúso de peças. 

Mas não só isso! A adoção traz ganhos financeiros. Quando implementam estratégias de economia circular, as companhias retiram custos de produção e geram receita através da venda de itens de reposição e recicláveis. Sem contar a possibilidade de explorar novos modelos de negócios, como serviços de compartilhamento de veículos e remanufatura.

Cinco práticas para alcançar a circularidade total

1. Design para desmontagem: os fabricantes podem projetar os carros já com o processo da desmontagem em mente, a fim de facilitar a separação de componentes e materiais para posterior recuperação.

2. Reciclagem de materiais: promover o reprocessamento de elementos em metal, plástico e vidro utilizados nas linhas, de modo a garantir que sejam aproveitados em produtos inéditos ou em outras indústrias.

3. Reparo e remanufatura: estimular o reparo e a remanufatura de componentes e peças automotivas, para prolongar sua vida útil e evitar ao máximo a necessidade de fabricação de novos equipamentos.

4. Compartilhamento de veículos: incentivar o uso de serviços de compartilhamento de transporte, o que atenua a demanda de um automóvel para cada indivíduo, com base no potencial de acomodação dos próprios carros já existentes. 

5. Economia de energia e recursos: aplicar tecnologias eficientes e sustentáveis, como motores elétricos e materiais leves, reduzindo assim os índices de consumo durante o uso do veículo.

Parcerias e inovação necessárias

Para alcançar a circularidade total, é crucial que os fabricantes colaborem com fornecedores, governos, instituições de pesquisa e outros setores da indústria. Nesse sentido, as parcerias fomentam a inovação, a divisão de conhecimentos e a implementação de soluções “verdes” em toda a cadeia de valor.

Além disso, o emprego de técnicas emergentes como a Internet das Coisas (IoT) e a inteligência artificial (IA) pode melhorar a rastreabilidade e o controle ao longo do ciclo de vida do carro, permitindo uma gestão mais apurada e sustentável dos ativos automotivos.

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