Programa Mover é destaque em evento sobre segurança, conectividade e sustentabilidade
Lançado pelo governo federal, projeto pode servir de pilar ao desenvolvimento tecnológico e eco-friendly do setor; entenda
No primeiro evento online da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) em 2024, realizado no último mês, um seminário sobre segurança, conectividade e sustentabilidade trouxe à tona debates cruciais para o futuro da indústria automotiva no Brasil.
O destaque ficou por conta das ações e dos impactos do Mover: Programa de Mobilidade Verde e Inovação, do governo federal, evidenciando sua importância estratégica no desenvolvimento de toda a cadeia nacional de transporte.
Presidente da AEA, Marcos Vinicius Aguiar iniciou sua fala enfatizando a meta de “Acidente Zero” como objetivo fundamental no campo da segurança veicular e da conectividade. Ele salientou que o Mover seria um dos temas centrais da mesa, dada sua relevância para os avanços tecnológicos e sustentáveis na área.
Já a diretora do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Alta-Média Complexidade Tecnológica, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Margarete Gandini, abordou o potencial excepcional de transformação do projeto. Confira os principais tópicos tratados na ocasião.
Adesão ao Mover
Um dos pontos-chaves trazidos por Gandini foi a adesão ao programa. Ela celebrou a recepção positiva do Mover, revelando que já foram homologadas 55 empresas, com 108 pedidos iniciais, e que este número está se aproximando de 120, refletindo o grande interesse das companhias em obter incentivos para investir no Brasil.
A diretora enalteceu os aportes anunciados este ano pelas montadoras sediadas no país, que totalizaram R$ 130 bilhões, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), – cifra recorde e histórica.
Em seguida, ela reforçou a ambição do Brasil de se tornar um hub tecnológico, mencionando iniciativas em paralelo que visam a renovação de frotas de veículos pesados, a criação de concessionárias do futuro, a implementação de corredores sustentáveis e a inspeção técnica voluntária para veículos leves.
Protagonismo brasileiro na descarbonização
Também do MDIC, Thomas Cardellas complementou a discussão, apontando os avanços do programa Rota 2030 e as inovações previstas com o Mover. Ele explicou a proposta do IPI verde, que substituiria o imposto tradicional baseado em cilindrada, incentivando a adoção de recursos que melhorem a proteção dos veículos.
Além dele, Darlan Souza, da Renault, apresentou as “Tecnologias Futuras da Segurança Veicular”, detalhando novos itens obrigatórios que serão incorporados entre 2024 e 2031 no país, como assistentes de direção, câmeras de ré, sensores de pressão dos pneus e sistemas de aviso de afivelamento dos cintos.
O seminário contou, ainda, com a participação de Roberto Silva Netto, da Facens, que discorreu sobre a infraestrutura de telecomunicações nas rodovias brasileiras, destacando a importância da inteligência artificial para a gestão mais segura e eficiente das estradas.
Ao final, um debate mediado por Flávio Sakai, da AEA, reuniu todos os palestrantes para expor as perspectivas e os desafios do automobilismo nacional, com foco no papel crucial do Mover em impulsionar a segurança e a conectividade, sob o viés da sustentabilidade.
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