Porsche e Audi podem entrar para a Fórmula 1 com operações próprias

 Porsche e Audi podem entrar para a Fórmula 1 com operações próprias

As marcas pertencentes ao Grupo Volkswagen têm a possibilidade de entrar para o Mundial graças às novas mudanças que ocorrerão na competição; Fique por dentro

A partir de 2026, o Grupo Volkswagen teria a possibilidade de entrar na Fórmula 1, isso porque nas próximas semanas a categoria sofrerá mudanças em seu regulamento e vai passar a aceitar motores de engenharia sustentável e mais simples.

De acordo com o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, a companhia pretende inserir suas marcas Porsche e Audi na categoria, mas não apenas como patrocinadoras de motores. Meses atrás, ainda em 2021, a revista Auto Motor und Sport, publicou a respeito do empenho das montadoras para entrarem com sua própria operação na competição.

O desejo teria como alvo quatro equipes, mas no momento apenas duas escuderias estariam no páreo. Existe o entusiasmo, por parte da Audi, em adquirir a McLaren. A Porsche, por sua vez, possui um interesse especial em unir forças com a Red Bull. Segundo reporta o FAZ, os estágios de negociação entre o conglomerado Volkswagen com a Red Bull e McLaren estariam um tanto quanto “complexos”.

A McLaren veio a público, em novembro de 2021, para refutar qualquer ideia de venda de sua estrutura para a Audi, negando todas as publicações feitas pelos correios alemães. No entanto, segue reforçando que a estratégia de tecnologia da escuderia envolve com frequência o pacto com fornecedores de relevância e colaboração de outras montadoras.

Após a declaração da McLaren, a Autocar se posicionou assegurando que uma fonte interna e segura da escuderia teria confirmado a possibilidade da transação. A fonte teria afirmado que Paul Walsh, presidente-executivo do Grupo McLaren, recebeu uma oferta por parte da Audi. Todavia, a oferta teria sido rejeitada, a princípio, pela acionista majoritária do Grupo McLaren, a Mumtalakat Holding Company, que sugeriu à Audi que a proposta fosse no mínimo dobrada. Os valores não foram divulgados, contudo a fonte afirma que a venda foi concretizada.

A motivação primordial para a entrada da Volkswagen no Mundial de Fórmula 1, seria garantir uma concorrência igualitária no mercado norte-americano e chinês com montadoras como a Mercedes, por exemplo. Isso porque a Fórmula 1 vem demonstrando cada vez mais interesse nos Estados Unidos e na China.

Segundo uma publicação do último ano, feita pela Auto Motor und Sport, a Audi e a Porsche teriam até 1º de dezembro para apresentar a definição de suas entradas na F1. Contudo, um novo prazo foi estabelecido e as montadoras têm até o final de fevereiro para se posicionar. Segundo Herbert Diess, presidente do conselho de gestão do Grupo Volkswagen, Oliver Blume, diretor-executivo da Porsche e Markos Duesmann, CEO da Audi, a questão da entrada na Fórmula 1 vem sendo tratada como uma questão de honra e estão lutando pela entrada das marcas no grid.

O cenário atual do Grupo Volkswagen é bastante semelhante ao que será adotado para a produção dos hipercarros para o Mundial de Endurance. A Porsche vai se aliar à Penske com o início do projeto previsto para 2023, enquanto a Audi já afirmou que a categoria contará com seu retorno. 

Recentemente, as duas marcas voltaram suas operações para a produção de hipercarros para a estreia no WEC em 2023. A Audi está trabalhando ainda em seu protótipo elétrico RS Q e-tron para completar o Dakar 2022.

Segundo Stefano Domenicali, atual CEO e presidente da Fórmula 1 e antigo funcionário do Grupo Volkswagen: “Acredito que existe um mês crucial pela frente em termos de decisão do Grupo Volkswagen. Mas torço para que eles tomem uma decisão em breve. Depende deles agora dar o passo final”.

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