Por que os carros da Fórmula 1 têm quebrado tanto?
Temporada 2022 já contou com motores explodindo e carros sem potência nas primeiras corridas.
Em esportes automobilísticos como a Fórmula 1, é comum que ocorram acidentes e batidas (pequenas e grandes), dada a alta velocidade dos carros. Mas a temporada de 2022 chama atenção especificamente pelo número de veículos com defeito.
Mesmo quando não há acidente, os carros quebram. Qual a razão para isso? Vamos descobrir na sequência.
As mudanças no regulamento
Após o polêmico final de campeonato no ano passado com o GP de Abu Dhabi, os fãs do esporte estavam ansiosos para saber o que 2022 iria trazer.
Diversas mudanças foram inseridas no regulamento e a empolgação tomava conta, já que a parte dois do duelo entre o campeão Max Verstappen e o vice Lewis Hamilton estava por vir.
Os carros de 2022 estão menores e com o ‘efeito solo’ visto nos anos 1970 e 1980, visando a diminuir o impacto de ar no veículo de trás – o que dificulta a aproximação do rival a quem está à frente.
Os carros das 10 equipes estão praticamente todos diferentes uns dos outros. As asas traseiras estão mais simples, as latarias possuem curvas e pontas diferentes, e a carroceria está mais baixa, além dos pneus maiores.
Já nas novas regras, os pneus saíram dos boxes mais frios, o teto de gastos diminuiu e outras pequenas mudanças também ocorreram, tornando a competição mais acirrada entre as equipes.
Temporada 2022: primeira parte
Com regras novas, a competição teve suas 13 primeiras etapas até o mês de julho, e cada Grand Prix foi imprevisível.
O começo da temporada já apresentou problemas em carros da Mercedes e da McLaren, e pilotos que costumam estar nas posições finais conseguiram se encaixar em colocações de meio de tabela.
Além disso, os pilotos da Red Bull e Ferrari – Verstappen, Pérez, Sainz e Leclerc – tiveram de abandonar corridas devido a perda de potência e explosão de motores.
Afinal, por que os carros de Fórmula 1 estão quebrando?
Em primeiro lugar, devemos entender que é preciso tempo para se adaptar à nova aerodinâmica dos veículos, principalmente em colisões. Também é importante frisar que algumas peças que foram trocadas podem não estar refrigerando completamente, de modo a causar trepidações.
Outra provável causa é o combustível, que agora precisa conter 10% de etanol em sua mistura, variando o comportamento do carro diante das diferentes temperaturas.
Os fornecedores de motores também mudaram em relação a 2021. Assim, problemas como a explosão do motor do piloto Carlos Sainz no GP da Áustria tornaram-se comuns nesta temporada.
Por fim, mas não menos importante, o calendário mais apertado atrapalha a qualidade dos consertos. Por isso, alguns ajustes não funcionam completamente, o que gera punições e perdas de posição.
O tempo de parada no mês de agosto provavelmente terá servido para as equipes aprimorarem as máquinas. Vamos ter a confirmação a partir do dia 28, com o retorno da F1 no Grande Prêmio da Bélgica.
Leia também: Como evitar um incêndio no veículo.
Compartilhe