Monza: a evolução de um dos queridinhos do Brasil dos anos 1980
O modelo teve seu nome brasileiro inspirado no circuito de Monza, da Fórmula 1
Ah, os anos 1980! Cerca de 40 anos se passaram, mas as lembranças seguem vivas em nossas memórias.
Porém, enquanto nas rádios os clássicos hits nacionais e internacionais tocavam e comerciais e novelas que ficaram na memória passavam na TV, as ruas brasileiras também contavam com um gostinho dos clássicos automotivos.
Por aqui já falamos do famoso Fiat Uno, do Ford T, do icônico Fusca e de muitos outros carros incríveis; seguindo essa linha, hoje falaremos do querido Chevrolet Monza, um marco dos anos 80 que ainda é popular nos dias de hoje.
O começo de tudo
O Monza começou a circular no Brasil somente em 1982, mas sua comercialização já era feita na Europa através do nome Opel Ascona. O modelo lançado no Brasil já era o terceiro das gerações do Monza, que não chegaram ao país.
Foi um sucesso global e o modelo vendia por todos os continentes; no Brasil, este sucesso era devido ao importado ser o segundo carro com motor transversal no país.
O primeiro Monza do país contava com duas versões: SL e SL/E, com motor 1.6 e potência de 72 cv a gasolina e 73 cv com etanol. Além disso, seu diferencial futurista para a época era que a máquina contava apenas com 3 portas.
Os 1.100 kg do veículo foram um grande sucesso no ano de 1982, contradizendo o mercado dos cupês e carros de duas portas. Porém, eles também eram um ponto negativo do carro, já que o peso atrapalhava a potência do motor.
Um ano depois, a General Motors escutou as críticas dos consumidores e lançou uma versão com motor 1.8 e potência de 86 cv: o Monza hatch. Meses após, outra atualização – o Monza Sedan, com quatro portas e carroceria de 3 volumes.
Foi aí que o modelo estourou no mercado, pois o consumidor apreciou mais ainda o seu já querido Monza agora com quatro portas.
Anos de ouro e a saída do mercado
O ano de 1984 foi o primeiro marco do modelo da Chevrolet, concretizado como o modelo mais vendido do ano e ainda trazendo uma novidade: o câmbio automático.
Em 1985, o carro tinha seu visual redefinido na versão S/R. Com a sigla de Super Racing, o carro contava agora com câmbio de 5 marchas, carburação de corpo duplo e incríveis 106 cv ainda num motor 1.8. Neste ano, as vendas da GM fechavam com o Monza como o carro mais vendido do país e a comemoração de 200 mil unidades vendidas. Em 1986, o primeiro lugar era dele novamente.
Porém, 1987 chega e o posto de mais vendido é perdido para o VW Gol. Assim, precisando se reinventar, a versão 2.0 chega ao mercado.
Os anos passavam e as atualizações chegavam, como a injeção eletrônica, por exemplo. Porém, mesmo vendendo muito, o Monza não ocupou novamente o posto da lista.
Novas versões eram lançadas, como os modelos 500 EF, Monza Tubarão e o Monza Hi Tech. Apesar disso, outros modelos entravam no mercado e as vendas do então querido começaram a cair muito, principalmente com a chegada de modelos importados, como o Vectra.
Assim, a solução foi parar a fabricação do modelo. Sua despedida foi na fábrica de São Caetano do Sul, em São Paulo, e reuniu diversos entusiastas no ano de 1996.
O relançamento do Monza
Após diversos anos sem sinal deste clássico no mercado, o relançamento do Monza foi anunciado – porém, sem confirmações de vinda para o Brasil.
O novo visual é totalmente moderno, ainda remetendo às suas origens. O sedan foi totalmente reestilizado e conta com detalhes que remetem aos cupês modernos.
Lançada na China, a máquina conta com motor 1.5 aspirado de 114 cv e 14,3 kgfm de torque, além de câmbio de 6 marchas e uma versão híbrida. O preço, em uma conversão direta, varia entre R$ 70.190 e R$ 80.550.
No Brasil, a ideia é utilizar o visual do novo Monza para reestilizações de outros modelos da Chevrolet, como o Onix. E aí, teria essa pérola dos anos 1980?
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