Impacto negativo: pandemia causa prejuízo nas vendas de veículos

 Impacto negativo: pandemia causa prejuízo nas vendas de veículos

Dados divulgados pela FecomercioSP revelam que as vendas de veículos caíram em 2020 deixando um prejuízo de R$ 41,2 bilhões

A pandemia do novo coronavírus provocou grandes impactos em diversos setores da sociedade e o setor de vendas de veículos não ficou fora das estatísticas negativas. De acordo com dados divulgados pela FecomercioSP, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, o prejuízo causado pela queda de vendas em 2020 foi de R$41,2 bilhões.

As vendas caíram mais de 11,5% em comparação com dados divulgados do ano de 2019. Esses dados indicam uma realidade que assolou diversas famílias brasileiras: a crise financeira desencadeada pelo desemprego na pandemia. Diante desse cenário, cada vez menos pessoas compraram automóveis no primeiro ano da pandemia.

Além do prejuízo nas vendas de veículos, o impacto negativo atingiu outros setores, indicando a marca de R$225,7 bilhões. Ainda segundo dados da FecomercioSP, esse foi o volume de perdas totais contabilizado em 2020 pelo turismo, pelos serviços, pelo segmento de veículos e pelo varejo – as áreas mais impactadas pela pandemia entre os setores.

O estudo revela ainda mais detalhes do impacto negativo da pandemia. O turismo brasileiro por exemplo, setor relacionado ao mundo automotivo  perdeu R$ 52,1 bilhões em faturamento em 2020 em comparação ao ano anterior. Os valores acima já consideram a correção da inflação acumulada no período, representando, então, o pior momento de sua história.

Segundo dados divulgados pelo IBGE, a produção industrial brasileira encerrou 2020 com um tombo de 4,5%. É o pior resultado para um ano desde 2016, quando houve queda de 6,4%. O recuo do ano passado foi puxado principalmente pela retração de 28,1% em veículos automotores, reboques e carrocerias.

O setor automotivo até mostrou certa recuperação no segundo semestre de 2020  e conseguiu eliminar a perda de 27,1% registrada em março e abril, os piores meses para a indústria, quando muitas fábricas fecharam para garantir o distanciamento social. 

Após suas piores quedas, de maio a novembro, o setor registrou oito meses consecutivos de alta. No entanto, o ritmo de recuperação vem desacelerando desde julho do ano passado. Em dezembro, apesar do oitavo avanço seguido, os dados mostram que a indústria continua a perder fôlego. Na comparação mês a mês, recuou de 1,2%, em novembro, para 0,9 % em dezembro.

É fato que a pandemia assolou o setor automotivo como um todo, porém, o impacto foi ainda maior em veículos automotores. A produção desses veículos despencou pressionada sobretudo por automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e autopeças. 

Por fim, o setor automotivo foi definitivamente um dos mais afetados pela crise econômica decorrente da pandemia. Como resultado, diversas montadoras pararam sua produção, provocando uma paralisação na indústria automotiva.

Os impactos já estão sendo sentidos, no entanto, como o cenário pandêmico continua tomando a realidade do país, é provável que a crise se agrave e demore ainda mais para notarmos a recuperação gradual do setor automotivo. 

Compartilhe