Entrevista com Bruna Tomaselli: a representante brasileira na WSeries
Em 2019, um novo capítulo começou no livro do automobilismo mundial, a WSeries. A competição é destinada exclusivamente às mulheres, na qual elas pilotam os Tatuus F3 T-318, veículo homologado pela FIA F3.
Na temporada de estreia não houve representação brasileira nas pistas, mas em 2020 teremos Bruna Tomaselli, 21 anos. A catarinense começou sua trajetória no automobilismo a bordo de um kart, ela conta que quando eu tinha sete anos de idade ganhou seu meu primeiro kart, e foi ai que começou a treinar e a competir. “No começo eram corridas pequenas, e com o tempo comecei a competir em campeonatos maiores.”
Apesar de não te visto Senna correr, Tomaselli é fã dele e diz que assiste vídeos do corredor. Mas Bruna também possuí influências femininas, como a piloto brasileira da Fórmula Indy e Stock Car, Bia Figueiredo.
O campeonato
“A WSeries é a chance da minha vida, a WSeries é meu objetivo desde o lançamento do projeto e eu não sei nem descrever o quanto estou feliz em estar no grid na próxima temporada”, conta sobre o que o campeonato significa para ela.
Seu objetivo principal, para a temporada 2020, é se classificar e aprender, para depois correr atrás de pódios e vitórias. Além de otimista, Tomaselli também é uma sonhadora e pensa em um dia disputar a Fórmula 1. “Eu sei da realidade que é poder chegar um dia na F1, mas esse é meu sonho desde pequena e eu vou continuar batalhando por ele”, diz Bruna.
A corredora conta que os maiores desafios que enfrentou até chegar onde está foi em relação à busca por patrocinadores, para continuar correndo de maneira competitiva e em alto nível. Apesar de tudo ela revela que sente orgulho de representar o Brasil e a América Latina, além de inspirar outras mulheres a competirem.
Sobretudo, Bruna se define como uma mulher muito competitiva, que tem um sonho e vai trabalhar para conquistar ele. “Agora sou a piloto que vai representar o Brasil na WSeries e espero trazer muitas conquistas”.
Entrevista
Embora a pouca idade, Bruna é uma mulher bastante experiente e inteligente. Confira sua entrevista abaixo, onde ela fala sobre sua carreira e os desafios que já passou:
Como começou sua história no automobilismo?
Eu sempre gostei muito de carros e corridas, quando eu tinha 7 anos de idade ganhei meu primeiro kart, e foi ai que comecei a treinar e a competir. No começo eram corridas pequenas, e com o tempo comecei a competir em campeonatos maiores. Com 15 anos comecei a competir de fórmula, fiz dois anos de Fórmula Jr., terminei um ano em 5 e outro em 4 colocada no campeonato, depois, fiz dois anos de F4 Sulamericana, terminei um ano na 4 colocação, e em 2017, comecei a competir nos EUA, na USF2000, uma das categorias de acesso a Fórmula Indy, no Road to Indy. Esse ano de 2019, fiz minha terceira temporada na USF2000 e terminei o ano na 8 colocação do campeonato.
Quem é sua maior inspiração?
Minha inspiração sempre foi Ayrton Senna, sempre me inspiro quando vejo fotos, vídeos sobre ele, e também, Bia Figueiredo, por ser mulher e ter competido na Fórmula Indy e ainda estar competindo.
Qual é a importância da W-Series para você?
A WSeries é a chance da minha vida, A WSeries é meu objetivo desde o lançamento do projeto e eu não sei nem descrever o quanto estou feliz em estar no grid na próxima temporada.
Qual é o seu principal objetivo na segunda temporada da WSeries?
Meu objetivo principal é terminar o ano entre as classificadas para o próximo ano, e aprender muito e poder brigar por pódio e vitórias.
Qual foi o maior desafio que você enfrentou para chegar na WSeries?
Acho que principalmente os últimos anos correndo nos EUA que é uma categoria bem forte me ajudou muito a preparar para entrar na WSeries e acho que o que eu mais tive que focar pra conseguir essa classificação foi trabalhar físico, na pista, para chegar na seletiva e estar bem preparada.
Qual é a importância de representar o Brasil nessa categoria?
É muito orgulho poder representar o Brasil e a América do Sul na WSeries, espero poder trazer bons resultados para o país e poder inspirar cada vez mais mulheres no esporte.
Consegue se imaginar um dia na F1?
Eu sei da realidade que é poder chegar um dia na F1, mas esse é meu sonho desde pequena e eu vou continuar batalhando por ele.
Qual seria aquele momento que você olharia e falaria “agora eu me sinto realizada”?
Eu me senti muito realizada e ainda me sinto desde o momento em que participei da seletiva, depois no momento em que soube da minha classificação, correr na WSeries já é um sonho mas agora vou continuar trabalhando pra poder brigar na frente na WSeries.
Como você vê as mulheres hoje no automobilismo?
Desde que eu comecei a correr de kart até hoje eu já vejo uma melhora no universo do automobilismo em relação a mulheres no esporte, hoje temos mais pilotos, mais mulheres trabalhando em equipes e acho que isso tudo soma para uma melhora no esporte, e a WSeries é um ponto muito importante pra ajudar a inspirar mais mulheres no esporte.
E no futuro?
Eu acho que no futuro vai continuar melhorando, espero que com a WSeries e outras equipes e pilotos mulheres continuam inspirando para termos cada vez mais mulheres no esporte.
Pelo fato de ser uma mulher e ser jovem, quais foram os maiores obstáculos para chegar até onde você está?
Eu acho que um dos maiores obstáculos que todo o piloto enfrenta é a busca por patrocínios, para poder continuar correndo em alto nível e estar sempre competitiva.
Agora a pergunta mais importante, quem é Bruna Tomaselli?
Eu sou uma mulher muito competitiva, que tenho um sonho, e venho trabalhando para conquistar ele, e agora sou a piloto que vai representar o Brasil na WSeries e espero trazer muitas conquistas.
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