Confira detalhes sobre o clássico jipe Lada Niva, eleito o ‘Off-Road do ano’ na Rússia
Vendido no Brasil nos anos 1990, o modelo soviético continua em produção nos dias de hoje – e faz sucesso lá fora
Considerado um clássico da nação russa, o Lada Niva está em produção desde 1977 e ganhou uma atenção especial este ano. Na Rússia, um júri composto por especialistas, blogueiros e influenciadores elegeu o jipinho como o “Off-Road do ano”. Em outras categorias da premiação, o Land Rover Defender ganhou a divisão dos “4×4 aventureiros”, enquanto o campeão dos SUVs médios foi o Toyota Land Cruiser.
Sobre o modelo da Lada, relembre detalhes sobre sua trajetória geral e no Brasil:
A história do Lada Niva
Considerado um dos carros com a produção mais longa, o Lada Niva estreou em 1977 e permanece fazendo sucesso até hoje – pelo menos na Rússia. Na época de sua estreia, era um carro que ganhava o público por sua robustez, preço e funcionalidade.
Desde a primeira versão, podemos citar como a alteração mais marcante a substituição do conjunto mecânico em 1996, quando o Niva deixou de lado o motor 1.6 carburado e adotou um 1.7 com injeção eletrônica. É o mesmo motor usado até hoje.
Embora já esteja no mercado há boas décadas, o modelo é o terceiro modelo mais vendido da Lada atualmente, em escala global, correspondendo a 18% dos exemplares da montadora. O top 2 da Lada fica para o compacto Granta e o sedã médio Vesta.
Ainda hoje, o Niva 4×4 é fabricado com o mesmo design e vende muito bem no território russo. Quanto à Lada, a marca possui veículos diversos, dos mais simples aos mais sofisticados. Em alguns países da América do Sul, ainda é possível encontrar fábricas e carros 0 km da montadora, como por exemplo Venezuela, Paraguai e Colômbia.
No Brasil
A participação do Lada Niva no Brasil foi muito menor do que em seu país natal. Foi vendido para o público brasileiro a partir de 1990, assim que as importações foram permitidas, até 1997. Era considerado um veículo atrativo, pois tinha preço baixo, boa resistência, manutenção barata e carroceria funcional, a qual teve destaque, inclusive, no segmento de táxis. Na época, concorrentes como os carros da Gurgel eram considerados defasados, o que gerava mais público para a marca russa.
Com a dissolução da União Soviética em 1991, as vendas do Niva enfrentaram algumas dificuldades, como problemas para importar peças, além das falhas nos seminovos, pois não eram adaptados para a gasolina nacional (com álcool na composição). Para sanar o problema, muitos colocaram um carburador do Ford Corcel mais tarde. Além disso, o design do modelo da Lada, mais quadrado, era considerado ultrapassado pelos consumidores brasileiros, o que também interferiu.
O fator decisivo para o fim da produção nacional do modelo ocorreu em 1995, quando houve um aumento nas taxas de importação, durante o governo Itamar Franco. Isso prejudicou montadoras que não tinham fábricas no território, sendo a Lada apenas um exemplo.
Ao todo, foram comercializados 70 mil exemplares do Niva no Brasil, número significativo para o período. Sua linha no Brasil foi interrompida em 1997, pouco antes da chegada de um novo concorrente, o Suzuki Jimny.
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