Carros da Volkswagen terão peças de plástico substituídas

 Carros da Volkswagen terão peças de plástico substituídas

Para reduzir a pegada de carbono, a montadora firmou um acordo com a UNESP para incluir fibras naturais em sua produção

Em busca de um futuro cada vez mais sustentável, com menor redução de CO² e diminuição do uso e descarte de plástico, a Volkswagen firmou uma parceria com a Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) para investir no desenvolvimento de pesquisas e experimentos para inclusão de fibras naturais em componentes dos carros da montadora. 

A ideia é estudar a possibilidade de confeccionar peças que formam o acabamento interno do veículo com fibra, em vez de plástico, a matéria prima da maior parte dos componentes do carro, como o painel e forros. 

Com isso, a Volkswagen visa reduzir a pegada de carbono no processo produtivo da montadora, diminuir o peso do veículo fabricado, possibilitar a reciclagem das peças e cumprir com metas sustentáveis. 

Fibra

Se implantada, a  tecnologia deve mitigar a emissão de carbono no processo produtivo dos automóveis da montadora, atingindo os objetivos da empresa de zerar as emissões de CO² até 2050. 

As fibras naturais que substituirão o uso do plástico devem ser extraídas do sisal, planta muito usada como matéria-prima de cordas e barbantes; da juta, conhecida por seu uso na sacaria e na indústria têxtil, e da fibra do coco, que provém da fruta. 

Apesar da boa intenção, os pesquisadores terão um grande desafio, tendo em vista que, quimicamente, fibra e plástico não são “compatíveis”. Por isso, além de recriar peças em fibras, será necessário criar peças que não tenham cheiro, incham, mudam de cor ou absorvem água e apodrecem. Além disso, as novas peças deverão ter durabilidade, reprodutibilidade e ser resistentes, atendendo à demanda de produção em larga escala. 

Segundo o coordenador do projeto, professor Alcides Lopes Leão, tecnologias que auxiliam na redução da emissão de carbono são cada vez mais urgentes, tendo em vista a intensificação das alterações no clima. No entanto, os benefícios desta nova tecnologia vão além da questão ambiental, já que a qualidade dos materiais feitos a partir de fibras naturais é muito boa. 

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