Pneus de carga: o que é preciso saber?
Itens são mais robustos, resistentes e suportam condições extremas. Mas quais são as principais diferenças em relação aos da linha leve?
Os pneus de carga são desenvolvidos para trafegar em estradas inóspitas, percorrer distâncias imensas e, é claro, transportam toneladas de peso. Eles garantem uma durabilidade ímpar, afinal, são produtos de alto valor agregado e suportam recapagem segura, o que promove uma segunda vida útil.
A indústria automotiva tem como principal preocupação a segurança, isso também envolve a produção de pneus de veículos pesados, bem como os de passeio. Contudo, cada segmento possui suas diferenças e necessidades específicas. No caso dos caminhões, por exemplo, é preciso considerar onde eles irão transitar, o tipo de rota, distância, serviço oferecido e condições do terreno. Isso porque o desenvolvimento de cada componente está diretamente associado às aplicações específicas.
O que diferencia pneus leves e pesados?
Para início de conversa, as divergências entre pneus para carros de passeio e pneus para veículos de carga pesada se dão desde a construção. Aqueles usados em automóveis pesados possuem reforço extra, o que garante a possibilidade de recapagem. A banda de rodagem do pneu de carga conta com determinadas características específicas.
Quando um caminhão com necessidades de aplicação mista é produzido, os pneus que o acompanham são compostos de uma borracha altamente resistente a furos e cortes, ao passo que são mais flexíveis e macios. Isso assegura uma maior proteção no tráfego em terra ou asfalto e previne avarias à banda de rodagem.
Aquelas pedras que surgem no meio da estrada, em via de regra, não são um problema. Existem pequenos blocos internos nos sulcos da banda de rodagem que funcionam como dispositivos de segurança contra alojamento e perfuração na carcaça do pneu.
Como escolher o pneu ideal?
Os pneus equipados em veículos leves possuem uma maior previsibilidade de uso. Os trajetos realizados costumam ser dentro da cidade a maior parte do ano, não há tanta diferença de terreno durante o tráfego, a quilometragem rodada tende a ser melhor controlada e o peso transportado não se equipara ao de um caminhão.
Por isso, quando é chegado o momento de realizar a troca dos pneus em um automóvel de linha pesada, é preciso considerar diversos fatores, como: carga transportada, características do trajeto, velocidade média, peso e posição de montagem. Essas observações são essenciais para escolher o pneu de forma adequada e que suporte a aplicação. Lembre-se que, muitas vezes, “o barato sai caro”. Então, se for escolher um pneu diferente daqueles saídos de fábrica, a qualidade deve ser equivalente ou superior, para maior segurança e rendimento.
Através da etiqueta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), afixada nos pneus na hora da compra, é possível averiguar a resistência ao rolamento: quanto menor a resistência, o pneu é possui uma melhor performance em termos de consumo de combustível, aderência em pista molhada e nível ruído.
Estrutura do pneu
Conforme supracitado, o pneu de carga é confeccionado em borracha extra resistente, macia e flexível. Deve ser resistente à abrasão da pista, o que minimiza o desgaste devido ao calor.
A banda de rodagem serve para promover a estabilidade da tração, escoamento de água, dentre outros. Ela é desenvolvida levando em consideração a posição e aplicação a qual o pneu será destinado. A parede lateral, por outro lado, garante o conforto durante a condução, uma vez que se flexiona para evitar o impacto causado pelas irregularidades do solo. Além de oferecer resistência estrutural, a parede lateral também é responsável pela transmissão do torque da roda para a banda de rodagem.
As cintas de aço, por sua vez, existem para garantir o desgaste uniforme do pneu e sua integridade. Elas maximizam a aderência e tração, viabilizando um maior contato do pneu com o solo. O amortecedor de cintas existe para minimizar o atrito entre essas ligas metálicas.
O talão existe para prender o pneu de forma precisa à roda, essa firmeza impede a passagem de ar entre ambos, mantendo o componente com a pressurização correta. Ele conta com um reforço para que a área do telão tenha uma boa durabilidade e também para que o recapeamento seja viável.
Por fim, existe o liner que é a borracha impermeável presente no interior dos pneus que não possuem câmara. Ele serve para reter o ar dentro do pneu e evitar despressurização.
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