Confira o novo regulamento da FIA para a Fórmula 1 de 2022
Competição teve algumas regras mudadas após polêmicas da temporada passada
A Fórmula 1 está de volta e a temporada de 2022 garante muitas emoções após o ano turbulento e polêmico que passou em 2021. Porém, algumas destas emoções virão de forma diferente, já que o regulamento foi alterado.
Mas, por que mudar o regulamento agora?
A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) tem como objetivo reduzir a desigualdade dos investimentos financeiros entre as equipes – o que atrapalha a competitividade.
Além disso, a competição se tornaria mais acirrada ao padronizar as equipes e seus carros, dando mais oportunidades nas pistas.
Assim, o regulamento sofreu algumas mudanças importantes, também prevendo evitar alguns erros polêmicos do passado. Confira abaixo o que mudou:
Quais foram as grandes mudanças?
Começando pelas mudanças no grid, podemos citar as corridas Sprint. Idealizadas no campeonato de 2021, as controversas corridas continuam no ano de 2022.
Seu formato sofreu algumas mudanças: quem faz a pole não é mais o vencedor da Sprint no sábado, mas sim quem fez o melhor tempo das classificatórias na sexta-feira.
Além disso, as pontuações não são mais para os 3 primeiros, mas sim para os oito primeiros do grid. Assim, a tabela de pontuação sofreu modificações.
Os locais do sprint passariam a ser 6, mas pela desaprovação das equipes com os gastos, continuou apenas em 3: os GPs de Imola, Áustria e São Paulo.
Além disso, as equipes também tiveram novas regras a seguir. Agora, todas elas ganharam um teto financeiro de US$ 145 milhões, número próximo ao gasto total das equipes intermediárias.
Assim, a diferença entre os investimentos nos carros das grandes e pequenas equipes diminuirá, tornando a competição mais acirrada entre todas as equipes e podendo trazer novos campeões aos GPs.
Porém, este valor não serve para propagandas, salários dos pilotos, manutenção de ativos antigos – equipamentos e carros já utilizados, por exemplo -, taxas de superliçenças e outros, focando nos gastos nas pistas e carros.
Os carros também sofreram importantes alterações e o grande objetivo da FIA é aumentar o número de ultrapassagens na pista, tornando a competição mais disputada.
Além disso, como consequência, os efeitos de turbulência e superaquecimento dos pneus quando os carros estão próximos um do outro devem diminuir.
O novo carro
O design dos carros das equipes torna-se mais aerodinâmico, com suas asas traseiras e dianteiras mais simples e as estruturas laterais do veículo sendo eliminadas.
As entradas laterais serão redesenhadas – e algumas equipes têm elas muito diferentes uma da outra, trazendo uma emoção para a competitividade da categoria.
O bico dianteiro do carro também é mais baixo, inspirado no perfil dos carros dos anos 80 e 90.
Estas mudanças aerodinâmicas trazem um novo design ao carro. O modelo mais moderno deve conversar com as novas gerações, trazendo novos públicos para a Fórmula 1.
Além disso, a performance do carro também melhora. O downforce das máquinas em ar sujo em comparação com o ar limpo sobe de 55% para 86% em apenas uma temporada.
As últimas grandes mudanças dos veículos é nos pneus, que passam a ter 18 polegadas ao invés de 13 e a adição de 25 kg ao carro, totalizando 768 kg.
O peso interfere na velocidade dos carros e das voltas, também deixando a competição um pouco mais lenta.
Por fim, a FIA também fez alterações no regulamento que dizem respeito aos pilotos. Agora, eles têm de manter seus uniformes de equipe antes e após as corridas, inclusive em entrevistas.
A decisão foi polêmica, já que os pilotos utilizavam destes tempos fora da corrida para protestos durante os últimos anos e a organização não quer mais permitir estes atos políticos na competição.
Compartilhe